Histórico

  • Publicado em: 06/09/2021 às 00:00   |   Imprimir

Município de Nova Esperança do Sul

Quando os primeiros imigrantes de origem italiana chegaram na localidade avistaram uma área de topografia semelhante à de onde vieram, norte e noroeste da Itália, onde atualmente abrange a região de Bérgamo e Verona (MARCHIORI, 2001). Assim, estabeleceram-se e iniciaram as construções das primeiras moradias, no local que atualmente abrange a localidade da Linha 1, uma área interiorana do município, onde também está alocada a Igreja de pedra São Caetano, um dos principais monumentos representativos da chegada dos imigrantes à cidade, que carrega traços arquitetônicos característicos de edificações espanholas e italianas.

O município teve sua colonização logo após a constituição da Quarta Colônia localizada atualmente na região centro do estado do Rio Grande do Sul. Nova Esperança do sul teve sua colonização a partir do ano 1880 e primeiramente chamada de Nova Milano pelos primeiros moradores que ali chegaram, fazendo parte da Colônia Jaguari um núcleo da ex-Colônia de Silveira Martins (SANTIN, 1990), logo em seguida passou a ser chamada de Nova Esperança, nome que ilustrava o sentimento de recomeço e ânimo dos imigrantes de maioria vindos da Itália, e em menor número, alemães, poloneses e espanhóis. Uma parte da região, anteriormente era habitada por povos originais e luso-hispânicos (VIELMO, 2010).

Em 1920, com a emancipação da cidade de Jaguari que desmembrou-se do hoje município de São Vicente do Sul, antiga cidade de General Vargas anexando partes dos municípios de Santiago e São Francisco de Assis, Nova Esperança passou a integrar o novo município de Jaguari como o seu 2º distrito e a sede do povoado foi elevada a categoria de vila, no mesmo ano. A cidade de Jaguari escolheu como prefeito o Sr. Silvio Marchiori que indicou para ser o subprefeito (intendente distrital), do distrito o Sr. Marcos Munareto, natural de Veneza na Itália, nascido a 13 de dezembro de 1879, vindo aqui se estabelecer no ano de 1892. Era filho de Caetano Munareto e de Catharina Dalla Valle e casado com Catarina Dalenogare Munareto com quem teve doze filhos: Ângela, Caetano, José, Antonio, Catarina Agda, Marieta, Elízia, João, Ângelo, Idalina, Maximino e Honorina. Ocupou o cargo até o ano de 1929, época do seu falecimento.

As primeiras famílias que se estabeleceram no município de Nova Esperança do Sul vieram de Silveira Martins, sendo que muitas, diretamente da Itália. Entre as primeiras podemos citar: Gioda, Nicola, Angonese, Guerin, Frizzo, Santini, Cogo, Manzoni, Deponti, Sudati, Vielmo, Dri, Scalon, Brum, Guasso, Flório, Lovato, Poza, Tusi, Poleto, Salbego, Marchi, Gindri, Fontana, Possa, Disconzi, Lavarda, Ferrari, entre muitas outras. Estabeleceram-se com o comércio, ferraria e, principalmente, com a agricultura de subsistência, bem como com carros e carretas para frete. As mercadorias, muitas vezes exportadas, eram trocadas por produtos de primeira necessidade na colonização (VIELMO, 2013).

As primeiras casas comerciais na localidade foram as dos senhores Bortolo Santini, José Marki, Batista Gindri, Francisco Lavarda, Bortolo Scalcon, Francisco Gioda e Francisco Vielmo, todas estabelecidas com o comércio de produtos de primeira necessidade aos imigrantes. Como primeiro artesão destacou-se o Sr. Narciso Ribas que deixou muitas inscrições em pedras, calçamento de cerros, ornamentação de túmulos e casa tendo desenvolvido, também, a arquitetura. Deixou muitos seguidores de suas obras.

A comissão de emancipação foi formada em março de 1986 que, depois da montagem do processo emancipatório, conseguiu marcar o plebiscito para o dia 20 de setembro de 1987 que, por ordem judicial, foi impugnado. Foi marcada uma nova data, 13 de dezembro do mesmo ano e, devido a greve dos juízes naquela semana do plebiscito, foi, então, marcado para o dia 20 de dezembro de 1987 e, assim, finalmente realizado. O SIM venceu com 1550 votos, ou seja, 95% do total de votos. A população queria a emancipação pois compareceram 1631 eleitores do total de 2085 inscritos, o que significou 78,2% dos eleitores na consulta popular. No dia 13 de abril de 1988, pela Lei estadual nº 8.559, foi criado o Município de Nova Esperança do Sul.

Para que a emancipação se tornasse realidade muitas pessoas apoiaram o pleito e, dentre elas, podemos citar: Dr. Almir Fiorin, José Carlos Cardinal, Hélio Musskopf, Kátia Hemann, Ernesto Nicola, João Vielmo, Arnaldo José Frizzo, Darci Antonio Vielmo, Pe. Abrahão Cargnin e Armando Pedro Munareto. A Comissão de Emancipação era formada pelos seguintes: Wilson José Guasso, Cláudio Afonso Frizzo, Evaristo João Ribas, Volmir Angonese, João carlos Vilemo, Ivori Antonio Guasso, Elmo José Cogo, Renô Pasquoto, Florisberto João Angonsese, Dr. Jomar Pascoal Serafini, Dr. Delvi Luiz Segatto e Dr. João Francisco Vielmo.

No dia 15 de novembro de 1988 foi eleita a primeira Administração Municipal sendo escolhidos, por consenso suprapartidário, o Sr. Evaristo João Ribas e Wilson José Guasso, como Prefeito e Vice-Prefeito respectivamente. Para compor a primeira Câmara Municipal de Vereadores foram eleitos os seguintes: Cláudio Afonso Frizzo, Elmo José Cogo, Dionízio Antonio Cogo, Florisberto João Angonese, Juarez Paulo Zambeli, Mauro José Lovato, Orlando carloto, Sadi Antonio Pavanelo e Valtair José Munareto e, como primeiro presidente, os eleitos escolheram a vereador Elmo José Cogo.

ASPECTOS MUNICIPAIS

Há uma forte religiosidade na população que, devido a sua colonização italiana, a grande maioria são católicos, mas cabe destacar, também, as religiões evangélicas como a Assembleia de Deus e Igreja do Evangelho Quadrangular entre outras vertentes evangélicas presentes no município.

A primeira Igreja no município foi instituída de madeira e construída onde está localizada a atual praça central de Nova Esperança do Sul. Sem medir esforços a comunidade doou uma área para que nela fosse construída a Igreja Matriz, em alvenaria. A sua construção data o início do ano de 1918, tendo a sua conclusão em 1928. Ao completar 60 anos, em 1988, houve uma festividade muito grande por ocasião da festa do padroeiro, São José, em 19 de março, daí, então o nome da Igreja.

Em 1900 não havia escola no distrito e então, a Igreja de madeira existente, serviu de sala de aula, onde o cidadão Pedro Poncho, pago pelos alunos, foi o primeiro professor. No dia 1º de agosto de 1933 foi dado um grande passo para o desenvolvimento cultural de Nova Esperança do Sul, pois através do Decreto nº 5380 foi fundado o Grupo Escolar Rural. Para que tal empreendimento se realizasse muito colaborou o Sr. José Benincá, na época Prefeito de Jaguari e, para homenageá-lo foi escolhido como patrono da escola.

Logo após a sua criação a escola funcionou na casa do Sr. Gentil de Oliveira Prestes que era o escrivão distrital, até que, no dia 26 de dezembro de 1934, um grupo de senhores: Francisco Gioda, Francisco Vielmo, João Gioda, Antonio Gioda, Lino Emilio Rosa, Redênzio Frizzo, Pascoal Nicola, Luiz Vitório Tuzi, Marcos Aurélio Décimo, Giácomo Manzoni, José Antonio Disconzi, Valentim Vielmo, José Carlos Manzoni e Carlos Gindri doaram um terreno à Prefeitura Municipal, e então, construíram um prédio em sistema de mutirãol concluído em 1937, sendo que os Senhores Francisco Gioda, Francisco Vielmo, Antonio Gioda, Joaõ Gioda e a Prefeitura Municipal participaram com a quantia de 2.000$000 (Dois contos de réis) cada um e os demais com a quantia de 500$000 (quinhentos mil réis) cada um. Os primeiros mestres que nortearam o destino da escola foram: Deodoro Augusto Nunes – Diretor, Adelaide Tocheto, Anita Tocheto e Nadir
Targa e trabalharam com 96 alunos já no ano de sua fundação. Da sua fundação até os dias de hoje, já trabalharam 70 professores. Em 1968, com a necessidade de continuidade no ensino, a comunidade conseguiu implantar a Ginásio pela Campanha Nacional de Escolas da Comunidade sendo, primeiramente, uma extensão de Jaguari da Escola Cenecista. A 16 de setembro de 1969, Nova Esperança conseguiu implantar o primeiro grau completo e, no dia 08 de março de 1984, pela Portaria de Autorização nº 8751 foi criada a Escola Cenecista de II Grau. Atualmente, Nova Esperança do Sul possui duas Escolas Municipais e uma Escola Estadual. A estadual oferece até o Ensino Médio, as municipais, ensino fundamental até 5ª série e à 8ª séries, creche e educação infantil que contempla crianças de 0 a 5 anos.

Duas festas são tradicionais para a população: uma é na noite de 24 de dezembro, véspera de natal, onde um grupo de cantores visitam as famílias e entoa a música “Noite de Natal” na língua portuguesa e, a outra, na virada do ano novo, festeja-se com uma grande salva de tiros e seguem-se visitas de um grupo de crianças às famílias que, desejando-lhes um bom princípio de ano novo, recebem, em troca, balas e doces.

Uma atração conhecida por muitos no Brasil e no exterior, que é a Gruta Subterrânea Nossa Senhora de Fátima. Dista 8,5 km da sede do município. Está a uma profundidade de 10 m e possui uma área de 7.200 m². Na área onde está localizada existem duas cascatas de singular beleza que contribuem para destacar o complexo que a mãe natureza, prodigiosamente, construiu. Sempre, no último Domingo do mês de janeiro de cada ano é realizada uma festa religiosa em honra a Nossa Senhora de Fátima, padroeira da Gruta.

 

 OPÇÕES MUNICIPAIS DE TURISMO

– Turismo Ecológico: Gruta e Matas preservadas;

– Turismo Rural: Agroindústria Colonial;

– Turismo Histórico Cultural: Mini Museu (residência Brasil Ferrari), Igreja de Pedra;

– Turismo Religioso: Gruta Subterrânea Nossa Senhora de Fátima.

 TURISMO DE EVENTOS 

– Festa e Romaria à Gruta Subterrânea Nossa Senhora de Fátima, Feira da Indústria e Comércio – FEICONES , Rodeio Intermunicipal do Grupo de Nativismo e Folclore Couro Cru e Incontro D”Italiani.

ATRATIVOS NATURAIS

Gruta Subterrânea Nossa Senhora de Fátima, Cascatas, Túneis, Cascata do Piquiri, Vista Panorâmica do Cerro Empedrado.

ATRATIVOS CULTURAIS

Eventos culturais e científicos: Festa e Romaria  à Gruta Subterrânea Nossa Senhora de Fátima; Festival Nativista, Ecológico e Turístico Gruta em Canto; Rodeio Intermunicipal; Festincouro e Festas Comunitárias Rurais.

– Etnia predominante: Italiana;

– Costumes e tradições: gauchescas, folclore italiano;

– Eventos esportivos: Olimpíada Rural Sol a Sol; Torneio Intermunicipal e Municipal de Bochas, Taça Nova Esperança de Futsal, Olimpíada Municipal.

 

População estimada 2015 (1) 5.087
População 2010 4.671
Área da unidade territorial (km²) 191,000
Densidade demográfica (hab/km²) 24,46
Código do Município 4313037
Zona Geográfica Região Centro Oeste- Depressão Central
Altitude 320 m
Coordenadas geográficas Latitude: 29°24’24”
  Longitude: 54°49’50”
Gentílico nova-esperancense
Prefeito  Ivori Antonio Guasso Junior
Ex-Prefeitos Galeria dos Ex-Prefeitos

 

– Relevo e Vegetação: Relevo ondulado, o município possui região de campos, mata subtropical latifolhada;

– Rios: Jaguarizinho – Curuçu e Piquiri

– Acesso: – BR 287 à VRS 325;

– RS 377- São Francisco de Assis – estradas municipais não pavimentadas;

– Rodoviário acesso asfáltico: BR 287 – 138 km Santa Maria – RS e 440 km Porto Alegre-RS;

– Aeroporto: Santa Maria-RS 138 km e Porto Alegre-RS 440 km;

– Aspecto econômicos: Agropecuária, Indústrias Coureiro Calçadista e Comércio em geral.

LIMITES:

Os limites definidos pela Lei Estadual nº 8559, que criou o município de Nova Esperança do Sul, que delimitam toda a sua área, são os seguintes:

Norte – o município de Santiago, tendo como ponto inicial o Arroio Piquiri, a aproximadamente 2.500 m aquém da estrada Santiago a São Francisco de Assis e, seguindo desse ponto, por linha reta e seca, até a nascente do Arroio Varejão, próxima à estrada que liga Nova Esperança do Sul com a localidade do Boqueirão, seguindo daí de sua nascente até a desembocadura no Arroio Curuçu.

Leste – os municípios de Santiago e Jaguari, partindo da desembocadura do Arroio Varejão no Arroio Curuçu no seu curso natural até a distância de 1.000m, daí, em linha reta e seca, no rumo geral sul, até um sangão existente nos fundos da propriedade do Sr. Angelo Lencini em ponto fronteiriço à Escola Municipal Ana Aurora (ambos excluvise), seguindo pelo referido sangão até a sua nascente; daí em linha seca e reta até o entroncamento da estrada Lobo D`Ávila com a estrada para a localidade de Capão Grande; daí seguindo até um ponto fronteiriço a uma nascente as sanga Dona Teodora ou Tafona situada na propriedade de Arnaldo De Bem (inclusive); daí até a sua desembocadura no Arroio Curuçu; daí, até a sua desembocadura no Arroio Jaguarizinho e, daí até a ponte sobre o referido arroio na estrada Jaguari a São Francisco de Assis (JG-020).

Sul – o município de Jaguari a São Francisco de Assis (JG-020) partindo da ponte sobre o Arroio Jaguarizinho até a ponte sobre o Arroio Piquiri.

Oeste – o município de São Francisco de Assis, pelo Arroio Piquiri em direção à sua nascente até aproximadamente 2.500 m aquém da estrada Santiago a São Francisco de Assis.

RELEVO:

Na área urbana do município e nas localidades rurais de Planalto, Linha Três, Linha Um e Capão Grande há predominância da topografia ondulada, na costa dos rios Piquiri, Curuçú e Jaguarizinho, bem como nas proximidades  do Arroio Varejão e nas localidades de Rincão do Ouro, Coxilha Alegre e São joão, a topografia é inclinada, apresentando locais de rara beleza cênica.

VEGETAÇÃO:

Quanto a vegetação as florestas nativas do município são do tipo subtropical Latifoliada, sendo que as porções remanescentes melhor preservadas apresentam as características originais deste tipo de floresta, ou seja apresentam árvores altas, com espécies predominantemente perenifólias, porém com algumas espécies caducifólias e com uma variabilidade de espécies tais como: Cedro, Cabriúva, Grápia, Louro- Pardo,coqueiro- Jerivá,Canelas Ingazeiro,Araticum, Guabirobeira, Alecrim, Açoita- Cavalo, Canjerana, Timbaúva, etc.

As bordas e o sub-bosque  destas florestas são constituídas por arbustos e árvores de pequeno porte como: Pitangueira, amboim, laranjeira-do-mato, branquilho, mamica- e- cadela, coentrilho, cincho, etc.

Antes da colonização da área que hoje compreende o município de Nova Esperança do Sul era quase totalmente ocupada por florestas  nativas. Entre as décadas de 1970 e 1980 houveram os maiores índices de desmatamento  neste território. Na  década  de 1990 e  neste início de século,  a área de Florestas nativas voltou a crescer devido a redução de cultivos agrícolas em áreas  de solos mais inclinados segundo relatório  Técnico da Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Engenharia Rural, com estudos realizados no ano de 2002, o município  possui  a realidade de uso da terra conforme tabela seguinte:

 

USO DA TERRA ÁREA(ha) % DA ÁREA
Campo 7.529,57 39,36
Agricultura 5.192,85 27,15
Mata Nativa 5.665,90 29,62
Reflorestamento 361,30 1,89
Água (Açudes,Cursos dágua) 240,38 1,26
área Urbana 138,00 0,72
TOTAL 19.128,00 100

O solo em geral é formado pela unidade de mapeamento São Pedro e a Associação São Pedro com afloramento rochoso, unidade esta caracterizada por ter solo podzólico vermelho amarelo, profunda textura média, substrato arenito, freáveis e bem drenados em menor quantidade contém a unidade do solo.

Das principais árvores nativas podemos citar: angico, guajuvira, cabriuva, timbaúva, ipê, louro, canela, camboatá, pitangueira e umbú. Há projetos de reflorestamento com acácia negra, eucalipto e árvores nativas.

Há uma floresta subtropical junto à Gruta Subterrânea Nossa Senhora de Fátima e suas duas cascatas, que se encontra preservada e com predominância de mirtáceas (pitangueira, camboim) bem como com ocorrência de cactus, descendentes de espécies que cresciam no local quando houve a desertificação da região (cerca de 110.000.000 de anos atrás). Na rota proposta existem matas nativas preservadas que podem ser utilizadas para identificação de espécies vegetais de pássaros e de outros animais.

Informações interessantes:

– A utilização do plantio direto nas lavouras provocou a redução do assoreamento dos rios.

– Produção ecológica de alimentos: Existem até o momento 02 agricultores com cultivo de hortaliças em estufa com sistema agro-ecológico.

– Tipo de rocha predominante: Na gruta e imediações predominância de arenito.

 

RIOS:

Nosso município possui uma rede  hidrográfica rica em rios, córregos, riachos e arroios.

Os principais rios  do município são: Jaguarizinho, Curuçu e Piquiri, todos eles às margens do município. Os arroios Mossorongo e Calça Botas são os únicos cursos d’agua completamente dentro da área do município.

O rio Piquiri, um dos principais cursos d’água, margeia o município de nordeste a sul,  por uma extensão de aproximadamente  30 km, nasce  na  divisa  do município de Nova Esperança do Sul com São Francisco de assis e desemboca no rio Jaguari, nas divisas dos  municípios  de Jaguari e São vicente do Sul, adiante do limite Sul do município de Nova Esperança do Sul.

O rio Curuçú, também importante curso d’água do município faz a divisa com o município de Santiago. Nasce ao norte a partir da sanga teodora, recebe um afluente de nome calça-botas na localidade de Linha um e margeia o município por aproximadamente 15 km.

O rio Jaguarizinho surge após a junção do rio Curuçú com o rio rosário, ao leste do município na localidade de Linha Um. Seu afluente que nasce dentro do município de Nova Esperança do Sul, passa pela sede do município com o nome de Arroio Mossorongo, posteriormente recebe o nome de Arroio São João que desemboca no rio Jaguarizinho, na localidade de São Luiz. O rio Jaguarizinho é considerado o rio mais importante do município, pois é o rio  que irriga as terras de arroz. Tem aproximadamente 20 km de extensão e faz a divisa com o município de Jaguari.

As principais cascatas são: do Arroio Piquiri e do Arroio Calça Botas.

CLIMA

O clima predominante  no município é o subtropical com  uma variação de temperatura entre temperatura média das máximas: 38°c; temperatura média: 17,8°c; temperatura média das mínimas: 3°c.

O regime pluviométrico, médio dos últimos 23 anos foi de 1.794,59 mm, medido na micro estação meteorológica do núcleo de treinamento agrícola do chapadão, no município de jaguari. Nos últimos três anos o regime das chuvas, na sede do município de Nova Esperança do Sul, medido com pluviômetro simples foi de 2.651,67 mm por ano.

Sobre os ventos dominantes  não  se tem dados oficiais , mas a predominância é dos ventos Minuano e Norte procedendo chuvas.

As geadas ocorrem geralmente nos meses de junho a agosto, entretanto nos últimos anos vem se verificando que o fenômeno está ocorrendo fora do período normal.

As nevadas ocorrem esporadicamente, às vezes com descontinuidade de alguns anos.

Não existem áreas com micro clima favoráveis ao cultivo de espécies de frutíferas tropicais.

Existem quatro agroecossitemas típicos no município que são:

– Da região das várzeas que margeiam o rio Jaguaizinho e parte sul do rio Piquiri, onde predomina o cultivo de arroz nos minifúndios, bem como de outras cultura associadas;

– Da região dos solos ondulados mecanizáveis, principalmente nas localidades de Planalto, Linha Três e Calça-Botas, onde predomina o cultivo de soja no sistema de plantio direto, com as culturas e criações associadas;

– Da região topografia declivosa com  solos de boa fertilidade, porém de difícil utilização, na parte central da MBH do Piquiri, cabeceira do MBH do Calça Botas e São Luiz, toda a região das MBHs da Atafona e Varejão. Neste agroecossistema não há uma perfeita definição de uma cultura agrícola predominante ocorrendo cultivo de milho, soja, fumo, mandioca, cana- de açúcar, etc.;

– Da região de Campos em topografia ondulada, na localidade de Capão Grande, divisão com os municípios de Santiago e São Francisco de Assis. Há  predominância da pecuária de corte, embora sejam pequenas as propriedades e os campos sejam de solos rasos e pedregosos.